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Tirzepatida será fornecida pelo sistema de saúde pública Inglês

Escrito por Luciano Albuquerque

O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) publicou orientações aprovando o uso da tirzepatida para o tratamento do diabetes tipo 2 na Inglaterra e no País de Gales. A publicação determina um prazo de três meses até a disponibilização do medicamento pelo National Health System (NHS), o sistema publico de saúde inglês, para seus usuários.

As indicações aprovadas pelo NICE para indicação da tirzepatida foram:

– Adultos com diabetes tipo 2, juntamente com dieta e exercício quando:

  • a terapia tripla com metformina e 2 outros medicamentos antidiabéticos orais é ineficaz, não tolerada ou contraindicada, e
  • têm um índice de massa corporal (IMC) de 35 kg/m2 ou mais e problemas psicológicos ou outros problemas médicos específicos associados à obesidade, ou
  • têm um IMC inferior a 35 kg/m2 e:

– a terapia com insulina teria implicações ocupacionais significativas, ou

– a perda de peso beneficiaria outras complicações significativas relacionadas com a obesidade.

A aprovação vem em um momento em que o país tem enfrentado problemas com o desabastecimento de análogos de GLP1, que tem gerado sérias implicações para muitas pessoas com diabetes tipo 2. Por conta disso, o governo inglês lançou também uma orientação para restringir as prescrições off-label desses medicamentos. De toda forma, não se sabe como a disponibilização da medicação pelo NHS afetará a disponibilidade comercial da medicação.

A tirzepatida é um co-agonista dos receptores do GIP e GLP-1.  Diversos estudos pivotais já publicados demonstraram maior eficácia na redução de HbA1c e peso corporal em portadores de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e na obesidade sem diabetes. Tais resultados garantiram a aprovação da droga para tratamento de DM2 em diversos países, inclusive o Brasil. Até o momento, a aprovação para o tratamento da obesidade ainda não foi afirmada.

A aprovação para distribuição pelo sistema publico inglês, com perfil específico de indicações, demonstra a importância de uma intervenção efetiva precoce para a redução de futuras complicações, que trariam custos ainda maiores ao sistema.



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Sobre o autor

Luciano Albuquerque

Preceptor da residência em Endocrinologia do HC-UFPE e da residência em Clínica Média do Hospital Otávio de Freitas. Presidente da SBEM regional Pernambuco no biênio 2019-2020.

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